Campeões mundiais do Timão são recebidos com festa em São Paulo
Corinthians desembarca nesta manhã, encontra autoridades, desfila em trio, provoca rivais e encurta festa por conta do cansaço dos jogadores
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O governador Geraldo Alckmin recebeu os atletas na pista. Poucos torcedores foram a Guarulhos, um pedido do clube para evitar tumulto no local. Eram cerca de 500, muito menos do que os 15 mil que se despediram dos ídolos no dia 3 de dezembro, no embarque para o Japão.
A delegação entrou num ônibus ainda na Base Aérea e partiu rumo à Avenida Tiradentes, na zona central da capital paulista. Lá, no quartel do Batalhão da Rota, se encontraram com o prefeito Gilberto Kassab e receberam uma placa com os seguintes dizeres:
“A cidade de São Paulo homenageia o Sport Club Corinthians Paulista pelo bicampeonato mundial interclubes conquistado no Japão com o seu reconhecido espírito de luta, honrando as tradições do futebol paulistano e brasileiro.”
- Estou impressionado com o que está acontecendo. Nunca vi uma cena assim, parar São Paulo. É o reconhecimento do torcedor e vamos comemorar com ele - declarou o zagueiro Chicão, assim que viu a quantidade de gente nas ruas.
- Chupa, Léo! - disparou, para delírio dos torcedores.
Ao som de "Amizade é tudo", música que embalou os momentos da equipe desde a inédita conquista da Libertadores, o trio elétrico seguiu até a Praça Campo de Bagatelle e parou o trânsito na região. A multidão aumentou aos poucos e torcedores, enlouquecidos, pediram até para beijar as mãos do goleiro Cássio, eleito pela Fifa o melhor jogador do Mundial de Clubes e destaque da vitória por 1 a 0 sobre o Chelsea, na final.
Mesmo ausente da festa, o peruano Paolo Guerrero não poderia ser esquecido. Autor dos dois gols do Timão no Mundial, ele ficou na Alemanha, de férias, e não voltou para o Brasil. Mas seus "clones" estavam nas ruas. Muitos jovens imitaram seu corte de cabelo e fizeram sucesso entre a multidão.
Torcedor imita o corte de cabelo do atacante
Paolo Guerrero (Foto: Reprodução)
Os atletas não se esqueceram da multidão que invadiu o Japão e lotou os
estádios de Toyota e Yokohama nas partidas contra Al Ahly e Chelsea. Os
campeões admitiram que estavam com saudade dos corintianos que ficaram
no Brasil, mas o lateral-esquerdo Fábio Santos fez questão de homenagear
quem acompanhou a equipe na Ásia.Paolo Guerrero (Foto: Reprodução)
- Estávamos com saudades, apesar de os torcedores terem feito um esforço enorme para encher o Japão. Foram 30, 40 mil torcedores no estádio. Estamos muito felizes de estarmos perto deles.
O cansaço dos jogadores determinou a mudança no percurso do trio elétrico, que iria até a Praça Heróis da Feb. O veículo parou cerca de um quilômetro antes, na Praça Campo de Bagatelle. Uma pontinha de frustração para quem já esperava no destino final. Ali, a delegação entrou no ônibus e, com escolta policial, seguiu para o CT Dr. Joaquim Grava, na Rodovia Ayrton Senna. Iniciou-se mais uma corrida de torcedores, dessa vez para a porta do local. Quando os jogadores e comissão técnica chegaram ao centro de treinamento, foram recepcionados por cerca de 500 corintianos, aos gritos de "bicampeão". Sheik foi até a grade e atendeu alguns torcedores. Depois, os jogadores fizeram uma festa reservada no CT, com os familiares.
Era o fim de uma longa e inesquecível viagem. Do Japão para a Alemanha. Da Alemanha para o Brasil. E, para sempre, nos corações alvinegros.
Avenida Tiradentes é interditada para passagem do trio elétrico (Foto: Ricardo Trida / Ag. Estado)
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