Dor no joelho e jejum nas faltas: o sacrifício de Assunção pelo Verdão
Volante e capitão da equipe tem jogado com dores intensas para tentar ajudar na fuga da degola. Último gol de bola parada foi há seis meses
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Coincidência ou não, o último gol de falta já faz tempo: mais de seis meses. Foi contra o Paraná, dia 25 de abril, pela Copa do Brasil. Ele nunca havia passado por jejum tão longo com a camisa do Palmeiras. De lá para cá, apenas dois gols, ambos com a bola rolando e em dois jogos seguidos – nas vitórias por 3 a 1 sobre o Figueirense e 3 a 0 contra a Ponte Preta. Diante do Figueira, ele até fez um golaço de falta, anulado pela arbitragem porque Valdivia teria atrapalhado o goleiro.
Marcos Assunção, em treino do Palmeiras na Academia de Futebol (Foto: Ale Cabral / Agência Estado)
Nos treinos, o capitão raramente tem trabalhado as cobranças de faltas
que tanto gosta de praticar. Assunção tinha o ritual de, dois dias antes
dos jogos, fazer uma sessão extra de bolas paradas. Não faz mais. Tudo
para evitar um sofrimento ainda maior. O volante já disse que só fica
fora de um jogo se as dores forem insuportáveis. Apesar de não
confirmar, o departamento médico tem tentado minimizar o problema, com
massagens e infiltrações periódicas no joelho dolorido.– Estamos fazendo um acompanhamento adequado para minimizar as dores do Marcos Assunção – disse o médico Vinícius Martins.
As dores atuais não têm relação com a artroscopia realizada no mesmo joelho, em agosto. Há um mês, o departamento médico do clube explicava que uma inflamação decorrente de um pequeno derrame era o que incomodava o jogador. Mesmo sem estar 100% recuperado, ele pediu para enfrentar o Bahia, dia 17 de outubro, e foi titular em todos os jogos do Brasileirão desde esse retorno.
Na derrota por 3 a 2 para o Fluminense, domingo passado, ele foi substituído no segundo tempo – por opção técnica de Gilson Kleina. Ele só teve uma finalização no jogo e dividiu a responsabilidade das bolas paradas com o volante Correa e o atacante Maikon Leite. O gol de Patrick Vieira, inclusive, partiu de cruzamento de Correa – Assunção já havia deixado o campo.
Na noite anterior à partida, Assunção recebeu massagem no local até o início da madrugada, tudo para tentar entrar nas melhores condições possíveis em campo. O sofrimento tem sido rotina. A semana que antecede o duelo contra o Flamengo, no próximo domingo, em Volta Redonda, deve ter programação idêntica.
Enquanto isso, as conversas para a renovação de seu contrato estão paradas. O empresário do jogador, Ely Coimbra Filho, informou que as partes só vão se pronunciar sobre o assunto após o término do Campeonato Brasileiro. Independentemente de Série A ou B, Assunção quer continuar jogando, mas só se as dores deixarem.
Fonte: Globo Esporte
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