Com gols sobre o rival nos tempos de Flamengo e Portuguesa, meia tem disciplina elogiada por Oswaldo: 'Que sirva de exemplo aos companheiros'
- Ele ajuda no que estou querendo implantar. É dedicadíssimo, tem potencial técnico excelente, finaliza bem e conseguiu se adaptar bem à função que eu gosto que ele exerça. Teve dificuldades lá (no Japão) no início, mas superou tudo e, no fim, fazia melhor até que os japoneses essa característica de marcar e atacar. Independentemente dos gols, foi extremamente competitivo, e é isso que quero de meus jogadores. Em se mantendo, espero que interfira na concepção tática dos jogadores e motive todos a fazerem isso. Não é porque se expõe, marca, que vai deixar de ter presença na área. Foi uma grande demonstração de que não é preciso dar ouvidos a quem diz que o brasileiro não sabe fazer isso, só os estrangeiros - argumentou Oswaldo.
Autor de três gols, Fellype Gabriel é exaltado pelo empenho na marcação (Foto: Fernando Soutello/AGIF)
No primeiro tempo, o Alvinegro atacou bem mais pela direita, com Lucas e Elkeson apoiados por Andrezinho. Fellype, então, passou a se posicionar mais centralizado, ajudando nas tabelas perto da área. Paralelamente, continha os avanços de Fagner, deixando para Márcio Azevedo apenas a tarefa de evitar a velocidade de Eder Luís. Aos 33 minutos, provando ser iluminado contra o rival cruz-maltino, o xodó do chefe aproveitou bobeira da zaga e apareceu por trás para concluir, de pé direito, no ângulo de Fernando Prass, e abrir o marcador. Era seu terceiro gol sobre o time da Colina na sexta partida - antes, pelo Flamengo, em 2005, e pela Lusa, em 2009, também havia feito.Mas a noite de protagonista não parou aí. O segundo gol saiu antes do fim da primeira etapa, em erro do zagueiro Rodolfo. Como um autêntico artilheiro, Fellype assumiu o papel de Loco Abreu e já começava a marcar seu nome na história do clássico. Antes do intervalo, um susto. Assim como contra o Volta Redonda, há duas semanas, sofreu uma pancada forte na cabeça e ficou zonzo. Recuperou-se e, apesar do atendimento e dos cuidados, não foi preciso substituí-lo.
- Não chegaria a dizer que foi um divisor de águas, mas foi importante. Quero realmente que essa concepção de jogo se contamine e se alastre. Tenho repetido muito, desde que cheguei aqui, citando exemplos, mostrando fotos, que o jogador tem de desenvolver capacidades diferentes. Não posso permitir que o atacante não se empenhe na função de marcação. Na Europa, no Japão, a mentalidade já ultrapassou as barreiras encontradas aqui. Que os companheiros se estimulem com a atuação dele. Às vezes, você acha que não dá para fazer ou continuar, mas sempre tem um algo mais escondido - declarou o técnico.
Fonte:Globo Esporte
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