Advogada Maria Grazia, que conheceu o tricampeão em 1992 e estava no autódromo quando ele morreu, visita o Instituto que leva o nome do piloto
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Maria Grazia, fã italiana do tricampeão, visita o Instituto Ayrton Senna, em São Paulo (Foto: Divulgação IAS)- Era um teste particular da McLaren. Eu estava muito emocionada, mal conseguia falar. Ele foi muito atencioso, reparou no vestido que eu usava, feito com quatro bandeiras brasileiras. Parecia um sonho – diz a advogada.
Aquela foi apenas a primeira de algumas oportunidades que ela teve de ver o tricampeão pessoalmente. Em certa ocasião, quando Senna esteve em solo italiano para receber um prêmio, ela se aproximou perguntando se lembrava do encontro de Monza. Ao descrever o vestido que Maria usava, ele mostrou por que tinha facilidade para se lembrar dos fãs.
- Falo pouco, mas observo muito – disse Senna.
Ayrton Senna comemora umas de suas vitórias na Fórmula 1 com a bandeira do Brasil (Foto: Divulgação)- Ninguém sabia o que estava acontecendo. Eu vi o acidente do Ayrton pelo telão, o movimento da cabeça, e esperava que não tivesse acontecido nada. Corri para a sala de imprensa e fiquei lá, pois achei que era o melhor lugar para ter informações. A notícia da morte dele veio por um bilhete que um amigo jornalista me passou. É emocionante lembrar isso tudo – confessa Maria, que todos os anos volta a Ímola para deixar flores para o piloto.
Dedicação aos projetos sociais
A partir da perda de Senna, a vida se transformou. Maria passou a atuar em projetos sociais e soube de um em Fortaleza, no Ceará, apadrinhado por uma organização italiana. E assim ela se juntou à Operazione Lieta, uma associação beneficente que ajuda meninos e meninas da Casa da Criança de Itaitinga, em uma comunidade de baixa renda. Lá, eles recebem uma educação reforçada, de modo a estarem aptos a se profissionalizar em cursos específicos. Alguns vão para a Itália estudar ao término do ciclo escolar.
- Por causa do projeto social, já viajei cinco vezes ao Brasil. Tenho um "afilhado" em Fortaleza, o Samuel, que agora está com 18 anos e foi formado com o nosso trabalho na associação. Adoro o país, e desta vez resolvi visitar o Instituto Ayrton Senna, que é nosso parceiro na Operazione e com quem eu mantenho contato desde 2005 – explica Maria Grazia, que já viveu até a experiência de desfilar numa escola de samba do carnaval carioca.
Bruno Senna, sobrinho do tricampeão Ayrton Senna, no cockpit da Williams (Foto: Getty Images)- Não conheço o Bruno. Depois do Ayrton, não tive mais vontade de ver Fórmula 1, mas gostaria muito de encontrá-lo. Lembro dele nas fotos, pequeno, com 8 anos. Torço por ele – afirma a advogada.
Fonte: Globo Esporte

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