Mascote da Arena Corinthians, Coringa ‘trabalha’ como segurança

Cachorra vira-lata foi adotada pelos funcionários e atualmente vive em guarita no canteiro de obras. Esperta, ela participa diariamente da ronda

Por Leandro Canônico e Sergio Gandolphi São Paulo

O estádio do Corinthians, em Itaquera, na zona leste de São Paulo, ainda não tem nome. Mas já tem mascote. E ela é conhecida como Coringa (em alusão ao Timão, também chamado de Coringão). Vira-lata, a cachorrinha apareceu logo no começo da obra, em maio do ano passado, e desde então tem “trabalhado” com os operários.
Carlos Nogueira, supervisor de segurança no canteiro de obras, estava no dia em que Coringa foi encontrada. Simpatizou rapidamente com a cachorra e a adotou.
– Ela apareceu quando o pessoal começou a tirar o mato no morro que ficava ao lado do terreno. Muitos outros cachorros apareceram, mas ela ganhou a nossa simpatia e está até hoje na obra. Futuramente, se ela não continuar por aqui, certamente algum de nós vai levá-la para casa – diz Nogueira.
Coringa não é um cão de guarda. Está longe disso. Mas ela faz parte da equipe de segurança da Arena Corinthians. Acompanha todos os dias as rondas feitas pela equipe de Nogueira. É fiel escudeira daqueles que caminham pelo canteiro para saber se está tudo em ordem, se não há nenhum invasor.
– Logo no começo da obra teve uma invasão de curiosos aqui e foi a Coringa que nos alertou. Desde então percebi que ela seria boa para trabalhar com a gente. Tanto que em cada ronda que fazemos, seja a pé, de moto ou de carro, ela nos acompanha – contou o supervisor.

Coringa veste a camisa do Timão na obra em Itaquera (Foto: Leandro Canônico/GLOBOESPORTE.COM)

Roupa rasgada
Coringa tinha um uniforme do Corinthians e desfilava com ele pela obra em Itaquera. Mas recentemente ela decidiu comer a roupa e a rasgou toda com os dentes. Resultado: foi para o lixo. De qualquer maneira, um dos seus melhores amigos lhe emprestou uma camisa do Timão para substituir a antiga.

Percebi que ela seria boa para trabalhar com a gente. Tanto que em cada ronda que fazemos, seja a pé, de moto ou de carro, ela nos acompanha"

Carlos Nogueira, supervisor de segurança

Robson Lourenço é sinaleiro no canteiro. Corintiano fanático, ele adotou Coringa como se fosse uma irmã. É assim que ele diz.

– Essa cachorra é como se fosse uma irmã para mim. Ela é divertida demais. Mas hoje ela está um pouco assustada com as câmeras, porque não está acostumada com a fama – falou Robson, que ajuda a cuidar da casinha de Coringa, localizada onde era uma antiga guarita da segurança.
Para não correr nenhum risco, Coringa fica presa nos horários de maior movimento no canteiro de obras em Itaquera, das 8h às 18h. Depois disso, ela sai para passear, mas, segundo os funcionários, não se arrisca nos locais onde estão sendo construídas as arquibancadas e outras estruturas do estádio.
– Ela é nossa cachorra preferida. É uma funcionária da obra. Eu gostaria que a foto dela estivesse na parede como uma das colaboradoras – finalizou Robson.

O sinaleiro Robson, aliás, é um dos fortes concorrentes a ficar com a mascote da Arena Corinthians assim que o estádio ficar pronto, no final de 2013.

Coringa vive em uma antiga guarita da segurança (Foto: Leandro Canônico/GLOBOESPORTE.COM)