Pontos históricos da capital paulista marcam a Corrida São Silvestre 2011

Historiador destaca a importância dos trechos que os atletas vão percorrer

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Os 15 quilômetros da tradicional Corrida Internacional de São Silvestre passam por pontos históricos da cidade de São Paulo. Os corredores, que vão largar na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, às 17h30, no dia 31 de dezembro, passarão pelo Estádio do Pacaembu, monumento Duque de Caxias, Theatro Municipal, Viaduto do Chá e Largo São Francisco. A linha de chegada será no Obelisco do Ibirapuera, onde estão os restos mortais de Cásper Líbero, idealizador da corrida.

Largada da São Silvestre será no Museu de Arte de SP, na Avenida Paulista (Foto: Ronaldo Milagres / ZDL)

Geraldo Nunes, escritor e membro da Academia Paulista de História, afirma que, na maioria das ruas e avenidas, os 25 mil atletas poderão exercitar a parte física e, também, sua curiosidade.
- A prova toda é realizada em pontos históricos da cidade, principalmente porque passa pelas ruas do centro de São Paulo. Os corredores verão muitas construções importantes para a cidade, como o Palácio dos Campos Elísios, que foi sede do Governo de São Paulo, o Theatro Municipal, que neste ano completa 100 anos de inauguração e pelo Viaduto do Chá, que foi a primeira ponte construída para a ligação do centro velho para o centro novo da cidade - disse Geraldo Nunes.

Chegada da prova será no Obelisco do Ibirapuera
(Foto: Caio Pimenta / SPTuris)

O historiador também destaca a importância histórica da chegada no Obelisco do Ibirapuera.
- É o marco de um mausoléu erguido em homenagem aos paulistas que lutaram como voluntários em um exército improvisado que tentou derrubar a Ditadura Vargas em 1932. Os paulistas foram à luta pedindo respeito a uma constituição, que fora rasgada no Golpe Militar perpetrado por Getúlio Vargas em 1930. A partir dali, foi dissolvido o Congresso e todas as decisões partiam por decreto. A ideia do Obelisco partiu de poeta Guilherme de Almeida ao sugerir que o formato do monumento lembraria a lança levantada pelo povo em favor de um Brasil regido pela democracia - acrescentou o historiador.

O historiador destaca a importância histórica do
percuso (Foto: Arquivo Pessoal)

O jornalista Geraldo Nunes tem mais de 20 anos de cobertura aérea do trânsito na capital paulista. Do alto do helicóptero, o escritor reuniu histórias da cidade nos livros São Paulo de Todos os Tempos I e II.
- É uma prova que dou uma atenção especial pela comemoração do encerramento do ano. É uma disputa que vai além dos atletas de elite, com a participação de pessoas fantasiadas para celebrar e para fugir dos problemas do cotidiano. É muito interessante a confraternização que a São Silvestre proporciona a quem participa. Acompanhei cada mudança, tanto de percurso quanto de horário - concluiu Geraldo.
  Fonte: Globo esporte