Meio-campo Bebel, de 23 anos, afirma ter deixado para trás o problema com drogas e busca dar seguimento à carreira no Juventus-SP
- Estou bem, matando um leão a cada dia. Na vida que a gente tinha não conseguíamos ficar um dia sem a droga. Hoje vai fazer mais de um mês e eu estou vendo que consigo ficar sem, é uma vitória muito grande - afirmou a atleta, de 23 anos.
Estou bem, matando um leão a cada dia"
Bebel
Bebel possuía acordo para atuar pelo XV de Piracicaba, mas o clube não a procurou após o incidente. Seu destino acabou sendo o Juventus-SP, onde contou com a ajuda da técnica Emily Lima, que acolheu a jogadora.
- Eu conheci a Bebel quando ela jogava futebol de salão, e uma ex-atleta, amiga minha, me indicou ela. A minha vontade é que ela fique, primeiro, para que seja ajudada como pessoa. Como atleta, não precisa nem falar, é uma das melhores meias do Brasil - afirmou Emily.
Segundo Bebel, o principal inimigo que a fez se afastar do futebol foi o vício no crack. O crime que cometeu, inclusive, teria como objetivo obter dinheiro para comprar a droga. A jogadora, contudo, garante que, aos poucos, vai superando aquilo que considera uma "doença".
Bebel veste camisa do Juventus-SP
(Foto: Reprodução / Sportv)
- Eu sei que a droga não é só na minha família, como existem muitos brasileiros que têm. Assumo esse problema, porque sozinha não consigo - afirmou a jogadora.(Foto: Reprodução / Sportv)
A primeira partida de Bebel em seu retorno ao futebol se deu no próprio estádio do Juventus-SP, o Conde Rodolfo Crespi, contra uma seleção juvenil do nordeste do Japão, região abalada por um terremoto e um tsunami em 2011. O time veio ao Brasil para angariar fundos e construir um centro de ajuda aos órfãos da tragédia.
Da arquibancada, a mãe de Bebel, Maria Aparecida de Araújo, empunhava um cartaz com mensagem de apoio à filha.
- Tinha muita esperança de que ela ia voltar mudada, e ela voltou. Senti uma grande diferença nela - disse.
Fonte: Globo Esporte
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