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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Mais uma vítima de desabamento tem alta de hospital no Rio

Duas pessoas seguem internadas; uma foi levada para unidade particular.
Bombeiros ainda procuram desparecidos nos escombros no Centro.

Bernardo Tabak Do G1 RJ
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Souza Aguiar (Foto: Bernardo Tabak/G1)Movimentação no Souza Aguiar na tarde desta
quinta-feira (Foto: Bernardo Tabak/G1)
Mais uma vítima do desabamento no Centro do Rio teve alta do Hospital Souza Aguiar na tarde desta quinta-feira (26). Segundo a Secretaria municipal de Saúde, o paciente que deixou a unidade tinha sofrido um trauma abdominal. Um outro homem segue internado no Souza Aguiar.
Já a mulher que teve lesão no couro cabeludo e passou por cirurgia foi transferida nesta tarde para um hospital particular. Segundo a Secretaria, ela foi levada de ambulância para a Casa de Portugal, no Rio Comprido, na Zona Norte da cidade.
Outras duas das seis vítimas também receberam alta: um ajudante de obras que foi salvo de dentro de um elevador graças a um celular, e um homem que sofreu ferimentos leves.
Em entrevista ao G1, o ajudante de obras relembrou o momento do desabamento. “Quando olhei pela janela, comecei a ver o reboco caindo. A primeira coisa que pensei foi entrar no elevador”, contou Santos, que trabalhava em uma obra no 9º andar do Edifício Liberdade, no número 44 da Avenida Treze de Maio. “Quando entrei, o elevador despencou. Só pensava na minha família e que iria morrer”, contou Alexandro da Silva Fonseca Santos, de 31 anos.

Mulher buscou atendimento em hospital do estado
A Secretaria Estadual de Saúde informou, em nota, que uma outra vítima do desabamento buscou atendimento no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte. Segundo o órgão, a vítima, uma mulher de 48 anos, chegou à unidade por conta própria, com escoriações leves e recebeu alta durante a madrugada.
Ainda de acordo com a secretaria, a mulher contou que trabalhava em frente aos prédios que desabaram e que ela levou um tombo quando tentava se proteger. A paciente chegou com as vestes cobertas de pó e disse ter optado por ir ao Hospital Getúlio Vargas por ser mais próximo de sua casa.
A secretaria colocou em alerta todos os hospitais da rede pública estadual, além das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca e de Botafogo, que são as mais próximas. O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, esteve no local e acompanhou o trabalho de busca de vítimas, monitorando as unidades de saúde durante a madrugada.

Ainda segundo a Secretaria de Saúde, há um plano de contingência para tragédias que podem gerar um grande número de vítimas. O governo também montou um hospital de campanha, com centro cirúrgico, para casos mais graves.
Desaparecidos
A subsecretária de Assistência Social do município do Rio de Janeiro, Fátima Nascimento, disse no fim desta manhã que 21 famílias buscavam por parentes que estavam nos prédios. Os parentes foram levados para uma sala na Câmara Municipal, onde aguardavam informações sobre os trabalhos.

Antes da localização do primeiro corpo, o prefeito Eduardo Paes disse que as equipes buscavam 19 pessoas desaparecidas. Segundo o prefeito, o número, no entanto, poderia ser alterado, já que ainda não havia uma lista oficial.
Segundo Paes, a principal hipótese é que o desabamento tenha sido causado por um dano estrutural, já que não há informações sobre explosão ou vazamento de gás. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) informou que obras "ilegais", sem registro no conselho ou na prefeitura, eram realizadas no 16º andar.
Novo mapa do desabamento com header em 3 D (Foto: Arte/G1)
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