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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Bloco Governista de Tangará Vive Pressão e Ansiedade Por Novo Nome.

Com a desistência de Lilico, Djalma pode ser o nome de Jorginho para a disputa em Tangará, mas ainda há possibilidade da candidatura não se concretizar.
A cidade de Tangará passa nos últimos dias por uma verdadeira reviravolta em seus quadros políticos com vistas nas eleições que se aproximam. O bloco da situação, comandado por Jorge Eduardo, prefeito da cidade, ficou sem candidato para disputa quando Theodorico Nelson, o Lilico, filho do ex-prefeito Theodorico Bezerra Neto e primo do atual prefeito, decidiu abrir mão da sua candidatura com o argumento de que precisa focar nos negócios das empresas do pai e, por isso, não tem condições de entrar na disputa para a prefeitura em 2012.
O até então, pré-candidato a prefeito do município, Lilico, pegou a todos de surpresa, inclusive, o próprio prefeito Jorginho que, quando procurado por nossa reportagem, logo após a decisão de Lilico, disse “saber o que as ruas sabiam”.
Há quem diga que a decisão está muito mais ligada a pressão que alguns vereadores estavam fazendo em busca de dinheiro e benefícios com ameaças de aderir ao bloco do ex-prefeito e líder da oposição, Gija, caso Lilico não atendesse suas solicitações. “Ele gastou muito desde que anunciou a pré-candidatura. Foram 100 mil reais só para atender esses pedidos e ameaças de alguns vereadores e lideranças”, disse um assessor do prefeito Jorginho que mantinha laços de boa amizade com o pré-candidato, mas que prefere não se identificar. Para ele, a decisão passa mesmo por esses problemas, “não tem quem agüente uma situação dessas, a campanha nem começou”, criticou.
Procurado por nossa reportagem, Lilico não deixou claros os motivos da sua desistência. Voltou a afirmar os negócios da família, mas preferiu não detalhar o que ele chamou de “pressa do bloco”. “Era melhor falar agora, enquanto era possível a escolha de um bom nome para a disputa, para mim não dava mais”, disse ao ser questionado sobre sua decisão.
Mesmo decidindo retirar seu nome da disputa eleitoral, Lilico negou rompimento com o prefeito Jorge Eduardo. “Não há isso. Estamos juntos e vamos eleger o prefeito que Jorginho apoiar, minha decisão não é um rompimento”, ponderou ao ser questionado se a desistência representava sua saída do bloco.
Especulações
Logo que a notícia se espalhou, as especulações sobre um novo nome para a disputa ganhou espaço em todas as rodas de conversas sobre política no município. Muitos colocavam em pauta a possível volta do vice-prefeito Erociano ao bloco de Jorginho. Um vereador, em declaração exclusiva ao Blog Paulo Anderson, chegou a afirmar que Ewerton Tiago, presidente da câmara e filho do vice-prefeito, tinha o procurado para sondar sobre uma possível candidatura do pai, Erociano. A Informação logo foi confirmada pelo presidente da câmara em participação no programa Esquina da Política que, assumiu o contato, mas negou que tenha sido para cogitar a candidatura do pai e sim para tentar levar o vereador para o bloco de Gija e destacou: “Sou vice de Gija e quem quiser vir, venha”.
Nomes como os dos empresários Djalma Carneiro e Cláudio Segundo voltaram a ser colocados em discussão e, dois dias após a decisão que deixou sem candidato a “situação” tangaraense o prefeito Jorginho se reuniu com Djalma, Cláudio, Carlos Theodorico e Lilico, da reunião surgiu a possível chapa de Djalma e Claúdio, mas que não foi confirmada por nenhuma das partes até o sábado (28), quando Djalma resolveu anunciar sua pré-candidatura.
A Confirmação
Na noite do sábado (28) veio a confirmação que Djalma Carneiro será o candidato de situação no município de Tangará. A afirmação veio através do próprio Djalma que esclareceu que ainda não tinha divulgado porque queria fazer uma campanha de “90 dias como foi a de Jorginho”, mas, segundo ele, “o povo pediu, o povo quem decide e meu nome está lançado”, afirmou.
Questionado sobre a possível dupla filiação de seu nome ou de problemas em relação a sua filiação ele disse já ter consultado advogados e o próprio judiciário. “Não tenho problema algum, sou filiado ao PSDB e vou ser candidato com Cláudio Segundo ao meu lado”, disse, entregando já quem deve ser seu vice na chapa.
Empolgado e certo que sua candidatura é forte o suficiente para desbancar a oposição, Djalma desafiou: “Quem gosta de apostar, pode apostar. Se eu perder, multiplique por mil e vá buscar lá em casa, todo mundo sabe onde é”, falou em tom desafiador.
O nome de Djalma surge em um momento em que a oposição festejava “candidato único” e comemorava a indefinição no bloco do prefeito.
A posição de “Carneirinho”, como é popularmente conhecido, está de acordo com a proposta do prefeito Jorginho em lançar um candidato forte e que surgisse do próprio grupo liderado por ele. Fiel ao prefeito, Djalma goza de muito prestígio no grupo da atual gestão, mesmo sem fazer parte diretamente da administração municipal.
Confira também a nossa coluna. Um espaço mais opinativo com foco na política regional.
Campanha no Ar.
A Rádio Comunitária FM Tangará, definitivamente, tornou-se palanque de suporte à campanha do ex-prefeito Gija. Sem fiscalização, a concessão pública de difusão “comunitária” tornou-se palco das principais ações de difusão da campanha política da oposição.
Não são raras as oportunidades, principalmente, nos programas Esquina da Política e Tangará em Destaque, que o ex-prefeito e seus correligionários “tomam o espaço” e comentam, comemoram, discutem a repercussão de adesões, em fim, propaganda eleitoral antecipada.
A sociedade, o grupo governista e a justiça assistem passivamente à essa má utilização do bem comum, como se nada ali estivesse errado.
Denunciar Não Faz Mal.
Ao ler o tópico acima, muitos devem ter assimilado como uma crítica à insistente postura do ex-prefeito em criticar Jorginho. Mas não é nada disso.
A postura de Gija, ou qualquer um que utilize o espaço da rádio comunitária para criticar, discutir ou mesmo apoiar a gestão do atual prefeito, está dentro da filosofia de meio de difusão comunitária, que se propõe a ser um “bem a serviço da comunidade”. No entanto, a utilização inescrupulosa de uma concessão pública para a propagação de uma mensagem eleitoreira, antes mesmo do processo eleitoral, não só é uma “tapa na cara da sociedade”, como também, é um grito de desrespeito à justiça eleitoral e a lei que proíbe campanhas antecipadamente.
Suando Frio.
Foi assim que alguns partidários do prefeito ficaram ao saber que Lilico não seria mais candidato. A decisão, tomada unilateralmente e sem qualquer aviso prévio, provocou calafrios aos que não admitem perder a próxima eleição e não deixou descansar os que têm ânimos mais acirrados.
Pior não foi isso. Até a definição de Djalma Carneiro, os partidários do prefeito, órfãos de uma candidatura, não descartavam nenhuma possibilidade e se viam encurralados por partidários da oposição, que cantavam vitória aos 4 cantos da cidade. Hoje, devem está mais aliviados
  Fonte: Blog Paulo Anderson.

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