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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Crias do rival, Anderson e Antônio Carlos trilham caminhos parecidos

Zagueiros de Flu e Botafogo começaram carreiras em lados invertidos e se reencontram no Rio em clássico que vale vaga na decisão da Taça GB

Por André Casado e Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
Dois zagueiros, cariocas, contemporâneos, com trajetórias parecidas no mundo do futebol e que poderiam muito bem ser grandes amigos. Na semifinal  da Taça Guanabara desta quinta-feira, entre Fluminense e Botafogo, às 21h (de Brasília), no Engenhão, as histórias da dupla se cruzarão mais uma vez. Com 28 anos, Antônio Carlos iniciou sua carreira no Xerém e hoje defende a equipe de General Severiano. Um ano mais velho, Anderson começou na base alvinegra e agora veste a camisa tricolor. Duas caminhadas em busca do sucesso e, no momento, apenas um objetivo: alcançar a final do primeiro turno do Campeonato Carioca.
Anderson  Fluminense  Antônio Carlos Botafogo (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Anderson e Antônio Carlos: zagueiros com trajetórias parecidas (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Apesar da idade parecida, Anderson e Antônio Carlos não lembram de terem se enfrentado nas categorias de base. Mas recordam com carinho dos tempos de dificuldade.
- Subi em 2003 e, em 2004, no meu primeiro jogo como profissional, com o Renato Gaúcho, quebrei o tornozelo. Mas voltei bem com o Joel Santana, atuei em todo o Brasileiro e já cheguei bem para aquele Carioca de 2005. O gol do título marcou, ajudou na minha trajetória, mas ainda assim sempre surgem muitos jogadores no futebol. Tenho sempre que me esforçar para garantir meu espaço - recorda Antônio Carlos.
Se o zagueiro alvinegro passou por Xerém em uma boa fase, Anderson não pode dizer o mesmo de seu início em Marechal Hermes.
É uma primeira chance do Anderson em um grande clube, a expectativa e a pressão pessoal são grandes. Acho que ele tem capacidade, tivemos muitas dificuldades com seu bom posicionamento em 2011. Já comentei isso com os atacantes"
Antônio Carlos
- Eu tinha sorte de poder ir para casa naquela época por ser do Rio. As instalações não eram tão ruins. Mas a alimentação era precária. Na época a questão salarial estava complicada também. As dificuldades me ajudaram a crescer e dar mais valor ao que eu tenho. Mas não reclamo de nada. Só agradeço. Se cheguei ao Fluminense hoje, o Botafogo também tem sua parcela nessa caminhada - frisa.
Antônio deseja sorte a Anderson. Mas só na Libertadores...
Dificuldades e rivalidade à parte, Anderson não poupa elogios ao companheiro de posição. E Antônio Carlos também não fica atrás.
- Antônio é um grande jogador. Sempre acompanhei a sua carreira e o admiro muito por ter uma história parecida com a minha. A curiosidade é legal. Hoje, graças a Deus, os dois estão em grandes clubes depois de uma caminhada parecida. Começamos no rival, passamos pelo Atlético-GO... Até a idade bate. O importante é que no fim tudo está dando certo como planejamos - garante o tricolor.
- É uma primeira chance do Anderson em um grande clube, a expectativa e a pressão pessoal são grandes, mas sei que ele vai recuperar esse tempo para se firmar. Acho que ele tem muita capacidade e fez um grande Brasileiro pelo Atlético-GO. Nós o enfrentamos e tivemos dificuldades com bom posicionamento. Já comentei isso com os atacantes. Jogamos em uma posição muito cobrada, quando o time perde quase sempre a culpa é nossa. Torço pelo sucesso dele, mas depois dessa partida (risos). E que faça uma grande Libertadores - desejou Antônio Carlos.
Trajetórias parecidas e um mesmo objetivo: alcançar a grande decisão da Taça Guanabara. Mas nessa caminhada, apenas um deles poderá sorrir por último.
   Fonte: Globo Esporte

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