'Capitão América' do Santos mira o tetra: 'Sabemos o caminho'

Edu Dracena acredita que a LIbertadores deste ano será mais complicada para o Peixe, atual campeão e, como tal, time mais visado

Por Adilson Barros Santos, SP

Dracena exibe medalha e miniatura do troféu da
Libertadores  (Adilson Barros/Globoesporte.com)

Atual campeão da Taça Libertadores, o Santos estreia na competição no próximo dia 15, contra o The Strongest-BOL, em La Paz, sob a responsabilidade de defender o título. É o time a ser batido, o alvo de todos os outros adversários. Isso é o que pensam os jogadores santistas, em especial o zagueiro Edu Dracena.
O “Capitão América” do Peixe, que levantou o troféu do tricampeonato continental em 2011, acredita que a equipe está preparada para o tetra. Lembra que a base foi mantida, que a equipe conhece os caminhos, mas alerta: este ano, a Libertadores vai ser bem mais dura que no ano passado.
Isso porque, em sua opinião, os concorrentes brasileiros estão chegando com força e os estrangeiros estão atentos ao Peixe. Edu, sentindo dores musculares por causa dos exercícios da pré-temporada, ainda não pôde estrear no Paulistão. Ele não tem lesão, mas os médicos acham melhor poupá-lo. A intenção é que o capitão esteja inteiro para a Libertadores.
Para falar mais sobre a corrida pelo tetra, Dracena conversou com o GLOBOESPORTE.COM. Confira a seguir os principais momentos do bate-papo.
GLOBOESPORTE.COM: Estamos novamente às vésperas de uma Taça Libertadores. O Santos está preparado para o tetra?
EDU DRACENA: Temos essa esperança e estamos preparados. Somos os atuais campeões e, por isso, nossa responsabilidade aumenta muito. Tudo mundo agora vai querer vencer o Santos. Mas temos condições de jogar de igual para igual com qualquer equipe que disputa essa competição.

Reforçar não garante sucesso. Manter a base é um passo à frente"

Edu Dracena

Você já pensa em entrar para a história do Santos novamente, levantando sua segunda Libertadores, a quarta do clube?
É um sonho, claro. Consegui realizar o desejo de levantar o tri no ano passado. Quem sabe não vem o tetra agora? Seria algo muito marcante. Eu tenho essa esperança. O Santos entra nas competições para vencer. Esse ano não vai ser diferente. Esse grupo está acostumado às conquistas. Estamos vencendo desde 2010. Isso aumenta a nossa confiança.
Os concorrentes brasileiros se reforçaram. O Santos, até o momento, trouxe apenas com o lateral-direito Fucile. Por outro lado, manteve a base. É suficiente?
Acredito que manter a base já é uma vantagem. O entrosamento é muito importante no futebol e, muitas vezes, um time que recebe muitos jogadores pode não se encaixar. Em 2003, no Cruzeiro, ganhamos tudo (Mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão). Em 2004, chegaram ainda mais jogadores e a coisa não engrenou. Só vencemos o Mineiro. Reforçar não garante sucesso. Manter a base é um passo à frente.
O que achou do grupo do Santos (Juan Aurich-PER, The Strongest-BOL e Internacional)?
É uma chave bem difícil. Claro que Santos e Inter são os mais conhecidos, têm mais expressão. Mas vamos enfrentar o time boliviano na altitude. Libertadores não dá moleza para ninguém. Mesmo assim, acredito que possamos começar bem, diferente do que aconteceu no ano passado (o Peixe ficou no 0 a 0 com o Deportivo Táchira, na Venezuela).
Este ano, o Santos já enfrenta concorrência brasileira desde a fase de grupos (o Internacional). Além disso, tem a volta do Boca Juniors, que sempre é temido. Qual é análise que você faz desta edição da competição?
Esse ano está mais difícil. Os times brasileiros estão chegando com força. Os argentinos sempre complicam, os chilenos também. Mas nós já temos a experiência, sabemos o caminho e isso é bom. Temos de fazer tudo o que fizemos no ano passado e ainda mais. A pressão e a responsabilidade são grandes, mas estamos preparados.
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Edu Dracena ergue a taça de campeão da Libertadores (Foto: Marcos Ribolli/ 

GLOBOESPORTE.COM)

 Fonte: Globo Esporte