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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

'Correr de costas é bom para o cérebro', diz professor Pablo Galletto

Marcha reversiva reúne adeptos em São Paulo. Praticantes se destacam entre os corredores do Parque do Ibirapuera: 'Parece que nós somos ETs'

Por SporTV.com São Paulo
Os jogadores de futebol, vôlei, basquete e até árbitros praticam esse esporte sem perceber. O zagueiro que não sabe correr para trás se enrola, o ponta anda de costas para pegar impulso e cortar e os juízes também se movimentam de costas para não perder nenhum lance da partida. Com nome bonito, a marcha reversiva é esporte e está reunindo cada vez mais adeptos. Além de beneficiar a saúde, correr para trás desenvolve as principais funções do cérebro, afirma o professor Pablo Galletto.
- A gente embaralha, faz uma bagunça neurológica, que faz com que o cérebro tenha a necessidade de melhorar. A marcha reversiva é uma das ferramentas que a gente utiliza para aumentar as ligações neurais ou estímulos cerebrais. O aumento da visão periférica, por exemplo. A corrida de costas vai trabalhar com o conjunto, visão e audição, pois você tem que reconhecer o ambiente, com a necessidade de ouvir sem ver - disse em entrevista ao "SporTV Repórter".
Marcha reversiva no SporTV Repórter (Foto: Reprodução/SporTV)Pablo Galletto e seus alunos praticam a marcha reversiva (Foto: Reprodução/SporTV)
No meio do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, Paulo Galletto e seus alunos chamam a atenção. Enquanto uns caminham no local, o grupo corre de um jeito diferente. O professor, porém, faz questão de frisar: correr para trás e fazer a marcha reversiva são coisas diferentes.
- Nós não corremos para trás. Corremos para a frente, só que de costas.
Pode parecer fácil, mas o esporte não é tão simples e precisa da orientação de um professor para começar a se acostumar a ver o mundo de uma outra maneira. Mesmo assim, os praticantes relembram que o início foi difícil. (Assista ao lado à íntegra do programa)
- É uma sensação meio estranha, você olha, você está correndo e sente as outras pessoas achando estranho, pois parece que você é o anormal – diz Tiago da Rocha.
 - Parece que nós somos ETs, entendeu? No começo foi horrível, me senti tonta, com todo preparo que tinha de ginástica, de outras atividades. É bem complicado. Você precisa de uma orientação, ir passo a passo - relembra Cida Parra.
- Estamos acostumados a fazer tudo para frente, frontal. Olhar pra frente, comunicar frontalmente. Para trás é um domínio corporal que a gente não está acostumado. É muito bom para o corpo ter esse conhecimento espacial também - acredita Natalia Grego
  Fonte: ESPORTV

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